Blog Destino Atacama

A Mar Chiquita

Um grande lagoa salgada, parecendo um mar, é uma das atrações do norte da Argentina.

Destino Atacama

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Sempre escrevo baseado no que vejo, sinto e participo, estimulado ainda pelo desejo de mostrar algo interessante aos leitores e pela incessante necessidade de ver algo novo na natureza, esta minha catedral sem paredes, altares ou santos. Com este propósito estive no Ushuaia, cidade argentina localizada mais ao sul do mundo, quando atravessei a Patagônia de norte a sul registrando aquilo que me despertava, podendo ser um fóssil, um guanaco, um pinguim, um lago salgado ou a estonteante paisagem patagônica que mudava conforme eu me aproximava da grande ilha da Terra do Fogo. Foi com este mesmo espírito de ir, ver e escrever que decidi registrar a passagem de um ano no local mais alto e frio do Estado, o Topo do Rio Grande, em São José dos Ausentes. Ali fui testemunha das mudançasque o clima e a altitude imprimem na flora, fauna e pessoas que residem naqueles ecossistemas de campos e matas de araucárias.
Estimulado pela direção do jornal Nova Época e aproveitando que meu primo argentino Mário Cáceres irá visitar familiares no norte da Argentina, convidei-me para ir junto e assim conhecer e escrever sobre aquela região ainda desconhecida para mim. Olhando o mapa e conversando com pessoas que por lá já andaram, veio uma sugestão de seguir até o Atacama, que não fica longe de onde estaremos. “Vocês têm que atravessar a cordilheira e conhecer o Atacama”, vaticinou minha prima Miriam Travi que ouvia nossos planos de viagem e que já tinha por lá andado. Imediatamente esticamos a linha do nosso roteirono mapa através da seca cordilheira do norte argentino até o interior árido do Chile.
Com o roteiro feito faltava viabilizar economicamente a viagem de cerca de 30 dias. Apostei nos apoios de empresas locais que me receberam de braços abertos e me ouviram, gostaram e apoiaram. Assim peregrinei com cópias do projeto da viagem e fui obtendo o apoio necessário que emergiu através do Piva Magazine, da Brocker Turismo, do Armazém 845 de Gramado, dos autores do livro Canela Ontem e Hoje e do Parque Terra Mágica Florybal. Em cada um destes locais fui muito bem recebido, ouvido e acreditado, o que me deixou extremamente estimulado a seguir para o Atacama, fotografar e produzir de oito a dez novas crônicas sobre aquela interessante região da América do Sule socializar com todos os leitores esta nova experiência, tanto no jornal como nas redes sociais através do meu blog.
A viagem, que será toda rodoviária,iniciará no dia 6 de agosto no carro do Mário, ficandoa minha Meriva descansando um pouco da longa viagem que fizemos com elaaté o fim da América do Sul, anos atrás. Seguiremos direto à Córdoba e ali permaneceremos alguns dias explorando a história e a geografia e revendo os parentes do meu primo. Depois vamos para o norte em direção a Santigo del Estero, Tucuman, Salta e Jujuy, onde existem lugares incríveis como os Parques Nacionais los Cardones e Campo de los Alisos.Visitaremos cidades históricas com forte presença do elemento indígena Inca, os depósitos coloridos de sedimentos que tornam as cordilheiras verdadeiros arco-íris e finalmente atravessaremos o deserto em direção a São Pedro do Atacama, já no Chile.Será uma viagem emocionante que tem data para iniciar, mas não para terminar, bem como gosto.  Durante dois meses os leitores poderão seguir conosco pelos áridos, coloridos e belíssimos lugares do norte argentino e chileno. Encontro vocês na sexta que vem, já com a primeira crônica de Córdoba e arredores. Abraço e um muito obrigado especial ao Toninho, a Any, ao Pedro, ao Ronaldo e aoValdir pelo apoio e confiança.

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