Blog A Borda
Conheça o outro lado
Vista do cânion Monte Negro em manhã de inverno, com a geada cobrindo o campo
Você gostaria de conhecer os bastidores das duas mais eletrizantes experiências de vivência na natureza que eu fiz? Gostaria de conhecer alguns dos lugares que me inspiraram a escrever as diversas crônicas sobre A Borda? Interessa andar pela orla do cânion Monte Negro e saber o que me inspirou para escrever as crônicas da série Um ano no Topo do Rio Grande? Pois esta possibilidade de estar por lá e ver os locais mais especiais deste icônico local do Rio Grande do Sul está se formatando. Com o encerramento dos trabalhos na Borda e no cânion e pico Monte Negro, locais que estão muito próximos geograficamente, senti uma saudade irresistível de voltar e rever estes sítios, as gentes queridas que vivem por lá e de mostra-los para mais pessoas. Assim, num átimo, pensei em socializar as duas experiências que tive e formar um pequeno grupo de até 10 pessoas que se mostrem interessadas em me acompanhar em uma viagem diferente, com o foco nos pontos mais destacados e que me inspiraram a escrita e os registros fotográficos para a produção do material que desfilou aqui pelas páginas do jornal Nova Época.
No primeiro plano o cânion Monte Negro e ao fundo o Pico do Monte Negro, o Topo do Rio Grande.
Três dias. Este será o tempo necessário para leva-los aos principais pontos de inspiração literária e fotográfica, tanto da Borda como do Monte Negro. Vou comentar e explicar, ao longo de boas e leves caminhadas, o que me estimulou, como e por que escrevi ou fotografei muitas das crônicas que vocês leram, comentaram e me questionaram alguns detalhes que, agora, vejo como uma oportunidade de responder in loco estas e outras dúvidas e curiosidades que venham a ter.
O grupo sairá de Canela em uma van fretada especialmente para o evento, e seguirá pelo mesmo caminho que fiz tantas vezes onde, ao longo do qual, deveremos fazer algumas paradas para ver e interpretar as paisagens fantásticas que irão se descortinar à medida que formos percorrendo os 250 quilômetros até o destino final. Atravessaremos os Campos de Altitude de São Chico, o vale do Rio Tainhas, do Rio das Antas, as matarias que cobrem as encostas até a chegada em Bom Jesus e entraremos novamente no domínio dos Campos de Altitude. Daí até São José dos Ausentes, distante pouco mais de 40 quilômetros, andaremos por uma das mais espetaculares estradas cênicas que conheço, com vistas únicas destes nossos campos nativos que hoje socializam o seu espaço como pomares de maçãs, ameixas e mirtilos, pastagens e plantações de milho, batata e brócolis. Chegando em São José dos Ausentes vamos abandonar o conforto do asfalto e nos embrenhar numa estrada mais raiz, uma autêntica via rural de chão batido com todos as suas características de trechos bons, outros nem tanto, buracos e pedras, pontes estreitas e curvas agudas. Tudo para ir estimulando a curiosidade pelo destino que nos espera. São 40 quilômetros de uma bela estrada rural que continua até rincões de Santa Catarina, como São Joaquim e Bom Jardim da Serra, já que estaremos muito perto da divisa dos dois Estados.
Vista do cânion da Coxilha, paisagem que se descortina do contêiner da Borda
Nosso ponto de chegada será a Pousada Fazenda Monte Negro, um lugar que vou dispensar comentários aqui, deixando que os futuros participantes sejam surpreendidos pelo que verão e sentirão neste lugar. Nesta icônica pousada faremos nossa base para descanso, alimentação e conversas ao pé do fogo. O pacote que preparei inclui tudo: transporte a partir de Canela, hospedagem por duas noites em quartos individuais ou casal, alimentação completa, incluindo um churrasco campeiro no último dia, os deslocamentos internos aos pontos estratégicos e o meu acompanhamento, orientação e explicações sobre os lugares e as crônicas geradas em cada um deles. Também vamos fazer uma visita a Estância Tio Tonho, lugar especial e com gente diferenciada onde fiquei hospedado durante o trabalho denominado Um ano no Topo do Rio Grande, além do Rincão Comprido, uma fazenda que produz o famoso queijo serrano raiz, premiado em concursos e de um sabor que só é obtido por ali devido ao terroir único do lugar.
O evento será realizado de 17 a 19 de junho, sendo que dia 17 é data de início da lua cheia e, se tivermos sorte, poderemos vê-la nascer lá no Topo do Rio Grande, no alto do Monte Negro. Se você se interessou, mande mensagem para
